terça-feira, 21 de setembro de 2010

Terapia Ocupacional na sociedade

Oi galera, segue abaixo um texto que foi publicado no site da minha faculdade, sobre o estágio que os alunos do 8º periodo estão realizando na prisão PM da cidade de Muriaé-MG.

Nossos acadêmicos estão dando a sua contribuição também no eixo social da Terapia Ocupacional. O público alvo é de adultos do sexo masculino, apenados e acautelados no presídio, no aguardo de decisão judicial. A Institituição tem capacidade para aproximadamente 150 presos em  regime de reclusão.  Goffmann, em seu clássico Manicômios, Prisões e Conventos, afirma que uma "Instituição total pode ser definida como um local de residência e trabalho onde um grande número de indivíduos com situação semelhante, são separados da sociedade por considerável período de tempo".  De acordo com o senso comum, em geral, as instituições de reclusão, zeram todas as possibilidades de renovação dos sujeitos, em função da uniformidade, superlotação e da generalização comportamental.  Um  outro  exemplo de uniformidade, é o  das roupas quando entram para o confinamento:  são únicas. Sua alimentação, cotidiano e o "modus operandi": também únicos. Enfim,  é o Sistema prisional.
E esse cotidiano vem carregado de uniformidades e semelhanças:  a saudade dos familiares, os casos de arrependimento pelo sofrimento de estar "entre as grades", a vergonha, as alterações de comportamento, os atos indisciplinares que resultam em sanções, assim, os  sentimentos são uniformes e perfeitamente, leia-se aqui, imperfeitamente comuns.
E a convite da Diretoria do Presídio, a fim de que se estabeleça um tratamento focado na melhoria de qualidade de vida dessas pessoas. Nosso grupo vem desenvolvendo um trabalho sistematizado, em que a intervenção terapêutica ocupacional  é pautada na administração de conflitos advindos do confinamento, na reflexão a cerca dos crimes cometidos, e na busca de oportunidades de um recomeço em seu desempenho ocupacional, por meio da renovação de condutas , voltadas para a redescoberta do prazer de viver em sociedade, finaliza a Terapeuta Ocupacional responsável pela Supervisão dos Acadêmicos, Profª Rosangela Soares.